Cedro Australiano (50g)
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| Nome popular: | Cedro-Australiano, Toúna e Cedro-Vermelho-da-Austrália. |
| Nome científico: | Toona Ciliata M. Roem var Australis |
| Família: | Meliaceae |
| Ocorrência: | A espécie Toona ciliata M.Roem. cresce em área com precipitação anual entre 800 e 1.800 mm com 2 a 6 meses, apresentando um bom desenvolvimento em plantios de regiões com 4.000 mm de precipitação anual. A temperatura para o seu desenvolvimento fica em torno de 20 a 26ºC, no entanto a espécie sobrevive a temperaturas mínimas absolutas pouco abaixo de 0ºC. Regiões com índice de chuva maior que 1100 mm e com pH entre 5.5 e 7. |
| Morfologia: | Pertencente a família das meliáceae, é originário das regiões tropicais da Austrália, seu crescimento é considerado muito rápido, podendo atingir de 40 a 50 metros de altura e 2 metros de diâmetro em um tronco retilíneo, de acordo com as condições e fertilidade do solo.Possui excelente adaptação a Solos Brasileiros. |
| Altitude recomendada: | Compreendidas entre 500 e 1500 metros de altura. Temperatura ideal para o cultivo: em torno de 20 a 26° C, mas é capaz de sobreviver a temperaturas pouco abaixo de 0°C (sendo um dos fatores para prejudicar o cultivo no Rio Grande do Sul, devido á temperatura baixíssima em algumas épocas do ano).Tolerância a geadas leves e de curta duração; não suportam solos mal drenados, que causam morte por encharcamento. |
| Madeira: | A madeira do cedro australiano é largamente utilizada para fabricação de móveis finos, confecção de instrumentos musicais e acabamentos internos em construção civil, é considerada nobre e de boa qualidade. Uma árvore cultivada por 10 anos rende cerca de 1 metro cúbico de madeira serrada, sendo considerada uma poupança verde.O Cedro Australiano, como muitas outras espécies, é muito utilizado para o sombreamento de lavouras cafeeiras e para plantio em sistemas mosaicos, por isso, pode-se dizer que é uma espécie que é usada com sucesso no trinômio, lavoura – pecuária – floresta. Toona ciliata var.australis apresenta madeira similar à madeira do cedro ( Cedrela adorata e Cedrela fissilis ), tendo as mesmas qualidades e sendo utilizada para os mesmos fins. Apresentam coloração avermelhada brilhante, com bonitas figuras, são fáceis de trabalhar e apresentam moderada resistência a cupins com durabilidade mediana. Experimentos conduzidos no Havaí indicam que a durabilidade natural de postes sem tratamentos está em torno de quatro ( 4 ) anos e o peso específico varia entre 0,46 a 0,64 g/cm³. Características Anatômicas da Madeira: A madeira de Toona ciliata var. australis apresenta as seguintes características anatômicas: poros solitários e em seqüências Radiais (dois a cinco poros por seqüência); freqüentemente encontram-se anéis concêntricos de poros grandes, desconectados no início de cada zona de crescimento. O parênquima axial é umbicado na confluência das zonas de crescimento, em forma de linhas concêntricas de poros largos. A figura da madeira e formada pela seqüência concêntrica de poros e é proeminente quando a madeira é laminar. As fibras da madeira do lenho inicial do Toona ciliata var. australis tem um comprimento médio de 0,75 mm e do lenho de verão, 1,37 mm. |
| Informações complementares: | A espécie não suporta solos argilosos compactados e nem solos arenosos pobres. Na região da Zona da Mata de Minas Gerais, essa espécie tem-se desenvolvido muito bem em solos mais planos e também em solos com declividade acentuada, sobretudo quando plantada em consórcio com a cultura do café arábica. É uma espécie semi-esciófila, apta a suportar leve sombreamento na fase juvenil. Por isso possui abundante regeneração natural, mesmo onde foi introduzida como uma espécie exótica. Devido a estas características e considerada uma espécie pantropical, ou seja, cultivada em todos os trópicos. Regeneração Natural: Toona ciliata tem boa regeneração natural próximo às arvores produtoras de sementes. |
Fonte: Lorenzi, Harri; Moreira de Souza, Hermes; Antonio Virmond Torres, Mario; Benedito Bacher, Luis.Árvores Exóticas no Brasil madeireiras, ornamentais e aromáticas. 1ª edição. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda. 2003.
